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quinta-feira, 5 de junho de 2014

5 DE JUNHO, DIA MUNDIAL DO AMBIENTE

Mensagem de Irina Bokova, diretora-geral da UNESCO, por ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho de 2014.


Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento e mudança climática

O Dia Mundial do Meio Ambiente é de particular relevância, uma vez que celebramos, em 2014, o Ano Internacional dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (PEID). Essas "pequenas ilhas" são, na verdade, "vastos Estados oceânicos" cujas áreas terrestres são apenas parte de seu território e cujas experiências são vitais para todos os habitantes de nosso planeta azul.

O relatório mais recente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) salienta a extrema vulnerabilidade dos PEID às mudanças climáticas. A crescente frequência de ciclones e inundações costeiras faz com que os habitantes dessas ilhas vivam em situações extremamente precárias. A acidificação do oceano combinada com o aumento da intrusão de água salgada nos aquíferos de água potável, em decorrência do aumento do nível dos mares, representa riscos significativos para a segurança alimentar de todas as pessoas que dependem diretamente do mar para alimentar-se, o que afeta mais de 2,6 bilhões de pessoas no mundo.

A comunidade internacional não está fazendo tudo que poderia para prevenir os desastres ambientais e humanos que estão por vir. Nossa principal tarefa é entender melhor os atuais fenômenos, por meio de pesquisa científica e compartilhamento de conhecimento. É papel da UNESCO, por meio do Programa Hidrológico Internacional (PHI), que compila informações sobre aquíferos de 43 PEID, melhorar as estratégias de gestão desse recurso frágil e vital nas ilhas e no mundo. O segundo elemento-chave é transformar esse conhecimento em capacidade para agir. A Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) está trabalhando para fortalecer capacidades na gestão sustentável de oceanos e áreas costeiras, a fim de ajudar a confrontar as ameaças de tsunamis, aumento do nível dos mares e acidificação dos oceanos.

A esse respeito, o conhecimento tradicional é uma fonte de sabedoria e de práticas que ainda são largamente subestimadas e subutilizadas. Uma publicação conjunta da UNESCO e da Universidade das Nações Unidas (UNU) tem auxiliado a acelerar o reconhecimento desse imenso potencial, inclusive pelo IPCC, que vê nisso um maior recurso para adaptação às mudanças climáticas.

Ação ambiental sustentável depende da educação de todos os cidadãos sobre desenvolvimento sustentável, desde a mais tenra idade. Inúmeros programas da UNESCO, como o Projeto Sandwatch, têm como objetivo construir as capacidades de crianças, jovens e adultos, a fim de monitorar e analisar mudanças no meio ambiente costeiro de mais de 30 países a redor do munido.

Nenhum país, por mais poderoso que seja, pode resolver os desafios de nosso meio ambiente comum. Devemos agir juntos, em longo prazo, o mais próximo possível das reais necessidades. Essa é a mensagem que devemos levar à Terceira Conferência Internacional sobre Pequenos Países Insulares em Desenvolvimento, em setembro de 2014, em Samoa, que deve orientar a adoção de uma agenda de desenvolvimento global mais sustentável e equitativo.

Fonte:
http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/single-view/news/unesco_message_for_the_world_environment_day_an_alert_about_climate_change/#.U5BgynJdXko

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