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terça-feira, 21 de janeiro de 2020

A origem da Suástica



A suástica não nasceu com o partido nazista alemão. Esse símbolo foi encontrado em culturas do neolítico (pelo menos 4 mil a.C) e sua presença é também constatada em diversas outras culturas antigas como a bizantina na Europa, pelos maias e astecas na América Central e índios navajos na América do Norte. Foi um símbolo usado também pelos hinduistas, budistas e jaInistas da Índia.




Diferente do seu significado atual, a suástica dentro da maioria das culturas era símbolo de coisas boas, de boa sorte. No sânscrito, língua antiga, a palavra svastika significa "condutora de bem-estar".

Como símbolo de boa-sorte a suástica era usada para ornamentar objetos domésticos e até moedas.

Foram trabalhos acadêmicos de jovens alemães no século XIX que defenderam a ideia de que os indianos e os alemães tiveram a mesma origem nos povos arianos. A partir daí os movimentos antissemitas começaram a usar a suástica na defesa do nacionalismo alemão. Mas foi o poeta alemão Guido List que sugeriu o seu uso em 1920 como símbolo do Partido Nacional Alemão.

Até 1930 a suástica era um símbolo comum usado inclusive por empresas como a coca-cola e mesmo por escoteiros-mirins.

Os pesquisadores levantam hipóteses que a suástica pode ter sido nas culturas antigas símbolo de fertilidade, uma roda de vento, cometa, símbolo de uma deusa ou mesmo símbolo de um pássaro

Prof. Guto Josman

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

O que há de comum entre Weintraub (2018) e Hitler (1930)?

Qualquer semelhança NÃO é mera coincidência.



"...Os comunistas são o topo do país. Eles são o topo das organizações financeiras; eles são os donos dos jornais; eles são os donos das grandes empresas; eles são os donos dos monopólios..." [Abraham Weintraub, Ministro da Educação, Brasil 2019].






"...Os judeus são o topo do país. Eles são o topo das organizações financeiras; eles são os donos dos jornais; eles são os donos das grandes empresas; eles são os donos dos monopólios..." [ Adolf Hitler, Alemanha 1930].






sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Qualquer semelhança NÃO é mera coincidência

Qualquer semelhança NÃO é mera coincidência...


"A arte alemã da próxima década será heróica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional e com grande páthos e igualmente imperativa vinculante, ou não será nada" [Joseph Goebbels].


"A arte brasileira da próxima década será heróica e será nacional, será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional, e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo, ou não será nada" [Roberto Alvim].

A filosofia pode ensinar o que o Google não pode

Livre tradução e adaptação do texto publicado no jornal britânico The Guardian




Seja com a invenção de carros sem motorista, ou nos telefones quando ligamos para o banco ou para uma loja: todos sabemos que os robôs estão chegando, e em muitos casos já estão aqui. Em 2013, economistas da Oxford University’s Martin School estimaram que, nos próximos 20 anos, mais de metade de todos os empregos serão substituídos por tecnologias inteligentes. Como essa perspectiva de uma vida auxiliada por robôs, é tolo negar que as crianças que estão na escola hoje entrarão num local de trabalho muito diferente amanhã - e isso se tiverem sorte. [...] Os futurólogos preveem que os trabalhos administrativos e burocráticos serão cada vez mais terceirizados para "máquinas", bem como os trabalhos manuais.


Diante disso, como os educadores devem preparar os jovens para a vida cívica e profissional numa era digital? [...] Redobrar o investimento em ciência, tecnologia, engenharia e matemática não vai resolver o problema, pois: o treinamento em altas tecnologias tem suas limitações imaginativas.

Num futuro próximo, os que abandonaram a escola precisarão de outras habilidades. Em um mundo onde o conhecimento técnico é cada vez mais restrito, as habilidades e a confiança para percorrer disciplinas será recompensado. Precisaremos de pessoas que estejam preparadas para perguntar e responder às perguntas que não são encontradas no Google, como: Quais são as ramificações éticas da automação das máquinas? Quais são as consequências políticas do desemprego em massa? Como devemos distribuir a riqueza em uma sociedade digitalizada? Como sociedade nós precisaremos estar mais familiarizados com a Filosofia para discutirmos tais questões.

Em meio às incertezas políticas de 2016, o presidente irlandês Michael D Higgins lançou uma luz nesta área. "O ensino da filosofia", disse ele em novembro, "é uma das ferramentas mais poderosas que temos à nossa disposição para capacitar as crianças a atuar como sujeitos livres e responsáveis em um mundo cada vez mais complexo, interconectado e incerto". A sala de aula, ele enfatizou, oferece um "caminho para uma cultura democrática humanista e vibrante".

Em 2013, enquanto a Irlanda lutava contra os efeitos da crise financeira, Higgins lançou uma iniciativa nacional que pedia um debate sobre o que a Irlanda valorizava como sociedade. O resultado é que em setembro, pela primeira vez, a filosofia foi introduzida nas escolas irlandesas. O curso para jovens de 12 a 16 anos provoca os jovens a refletirem sobre questões que - até agora - estavam ausentes dos currículos escolares. No Reino Unido, uma rede de filósofos e professores ainda está tentando implantar algo parecido. E na Irlanda, uma nação que já foi considerada "o país mais católico", já está explorando reformas para estabelecer a filosofia para as crianças como um assunto dentro das escolas primárias.

Esta expansão da filosofia no currículo é algo que Higgins e sua esposa Sabina, graduado em filosofia, pediram expressamente. As opiniões de Higgins estão à frente de seu tempo. Se alguns educadores assumem que a filosofia é inútil, é justo dizer que muitos filósofos acadêmicos ainda são territoriais ou ignorantes sobre a viabilidade de tratarem do assunto para além da academia. Se por um lado os educadores precisam ficar sábios, por outro lado os filósofos precisam superar a si mesmos.

O pensamento e o desejo de compreender não vêm naturalmente - ao contrário do que Aristóteles acreditava. Diferentemente, digamos, do sexo e da fofoca, a filosofia não é um interesse universal. Bertrand Russell aproximou-se disso quando disse: "A maioria das pessoas prefere morrer do que pensar; na verdade, é isso que fazem ". Embora possamos todos ter a capacidade de filosofar, é uma capacidade que requer treinamento e "cutucões" culturais. Se a busca da ciência requer algum andaime cognitivo, como argumenta o filósofo norte-americano Robert McCauley, então o mesmo vale para a filosofia.

A filosofia é difícil. Abrange a dupla exigência de trabalho árduo e um supervisor sério. Isso nos obriga a superar os preconceitos pessoais e as armadilhas no raciocínio. Para isso é necessário o diálogo tolerante, e imaginar pontos de vista divergentes enquanto os avalia. A filosofia ajuda as crianças - e os adultos - a articular perguntas e a explorar respostas que não são facilmente extraídas pela introspecção ou pelo Twitter. No seu melhor, a filosofia coloca ideias, não egos, na frente e no centro. E é a própria fragilidade - a não-naturalidade - da filosofia que exige que ela seja incorporada, não apenas nas escolas, mas nos espaços públicos.

A filosofia não vai trazer de volta os trabalhos perdidos para os robôs. Não é uma cura para todos os problemas atuais ou futuros do mundo. Mas pode construir uma imunidade contra julgamentos descuidados, e certezas não avaliadas. A filosofia em nossas salas de aula poderia nos preparar melhor para perceber e desafiar os conhecimentos convencionais da nossa era. Talvez por isso não seja surpreendente que o presidente da Irlanda, um país que foi uma vez uma sub-teocracia, tenha entendido isso.

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