Segundo Saviani, a função supervisora acompanha a ação educativa
desde suas origens- conforme essa função vai sendo explicitada, esboçando-se no
espírito a ideia de supervisão, abre-se o caminho para se colocar a questão da
ação supervisora como profissão - como uma especialidade com contornos
definidos implicando determinadas qualificações que exigem uma formação
específica. Ela será organizada com o status de profissão quando além dos
requisitos teóricos se impõe como uma tarefa que na divisão técnica e social do
trabalho requer agentes especializados.
Na antiguidade e Idade Média - não se põe o
problema da ação supervisora, em sentido estrito. A escola constituía uma
estrutura simples, limitada à relação do mestre com seus discípulos (Saviani,
1994, p. 98).
Na
Idade Moderna surgiu o inspetor de ensino que avaliava as tarefas pedagógicas
do professor. O inspetor técnico apareceu com a revolução francesa e tinha como
função promover o progresso educacional e vigiar a atividade do professor
visando melhorar o desempenho do docente.
Etimologicamente a palavra supervisão é
composta de prefixo super (sobre) e pelo substantivo visão, ação de verificar; e
assim o significado da palavra e olhar de cima no sentido de controlar a ação
do outro.
O curso de pedagogia surgiu no Brasil como consequência
da preocupação coma formação de professores para a escola secundária, seu
aparecimento foi concomitante ao das licenciaturas ao ser criada a faculdade nacional e filosofia
da universidade do Brasil. Essa faculdade formava licenciados em varias áreas inclusive
pedagogia.
O modelo de curso acima durou ate 1969. No
mesmo ano determinava que a formação de professores para o ensino normal e de
especialistas para a atividade e orientação, administração, supervisão, inspeção
fosse feita no curso de graduação em pedagogia de que resultava o grau de
licenciado .
Na década de 1970 surgiram as associações de
supervisão educacional no Brasil, e o supervisor passou a ter diversas
denominações: supervisor escolar, supervisor pedagógico, supervisor de ensino, supervisor
de educação e supervisor educacional.
Medina (2002) apresenta a evolução da
supervisão educacional em cinco momentos.
Para
a autora, as marcas evolutivas a supervisão educacional são os que seguem:
1° ação supervisora voltada para o
ensino primário. Possuía competência de inspeção, sendo encarregando de
fiscalizar o prédio escolar e a frequência dos alunos e professores.
2°- ação supervisora industrial trazendo
referencias da primeira fase da revolução industrial esse segundo momento surge
com o crescimento da população, que indica a necessidade de mais professores.
3°- ação supervisora como forma de
treinamento e orientação, surgem novas literaturas que ainda hoje são
utilizadas pelos supervisores quando se referem ao desenvolvimento de suas
ações.
4°- ação supervisora como
questionamento, surgem indagações a respeito do papel a escola como um todo e
da ação de seu especialista, principalmente do supervisor-profissional
criticado por alguns professores, que delegam a ele as ações de impedimento e
de fiscalização do seu trabalho;
5°- Ação supervisora e conceito
repensado de escola, muitos autores enfatizam a escola como local de trabalho. em
que o sucesso do aluno não depende exclusivamente do conhecimento de conteúdos,
métodos, e técnicas. A escola torna-se um espaço em que todos aprendem e ensinam
cada um ocupando sua posição, e onde o supervisor tem uma contribuição
especifica e importante para dar no processo de ensino e aprendizagem.
Sem comentários :
Enviar um comentário