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sexta-feira, 25 de julho de 2014

Educação de meninas evita o casamento na infância


Nessa semana, o Girl Summit está sendo realizado em Londres, com o objetivo de mobilizar esforços para acabar com a mutilação genital feminina e o casamento com crianças no prazo de uma geração. Este artigo analisa o papel vital que a educação tem para ajudar a reduzir o casamento e a gestação na infância.






Cerca de 2,9 milhões de meninas até 15 anos são casadas na África Subsaariana, no Sul e no Oeste da Ásia, o equivalente a uma em cada oito meninas dessas regiões, de acordo com estimativas do Relatório de Monitoramento Global Educação para Todos 2013/2014, da UNESCO. Essas estatísticas alarmantes representam milhões de meninas privadas de sua infância e sem acesso à educação.

O relatório também mostrou que garantir a permanência de meninas na escola é uma das formas mais eficazes para evitar o casamento na infância. A educação capacita as mulheres a superar a discriminação. Meninas e mulheres jovens que são instruídas têm maior consciência de seus direitos e maior confiança e liberdade para tomar decisões que afetam suas vidas. 

Se todas as meninas completassem o ensino primário na África Subsaariana, no Sul e no Oeste da Ásia, o número de meninas a se casar aos 15 anos cairia em 14%; com o ensino secundário, seriam menos 64% de meninas a se casar. Na Etiópia, por exemplo, ao passo que quase uma em cada três jovens mulheres sem instrução se casou até os 15 anos de idade, em 2011, apenas 9% das mulheres com ensino secundário eram casadas.

Aqueles que se reuniram no Girl Summit, que está sendo realizado nesta semana no Reino Unido, devem tomar nota da relação entre alfabetização e casamento infantil. A evidência é forte demais para ser ignorada: enquanto apenas 8% das meninas alfabetizadas com até 15 anos de idade são casadas no Sul e no Oeste da Ásia, por exemplo, quase uma em cada quatro não alfabetizadas está casada até essa idade.

Ficar mais tempo na escola também proporciona às meninas mais confiança para fazer escolhas que evitam os riscos de saúde dos nascimentos precoces e dos nascimentos em rápida sucessão.

Atualmente, um em cada sete meninas da África Subsaariana, do Sul e do Oeste da Ásia tem filhos antes dos 17 anos. Nessas regiões, 10% menos meninas engravidariam se todas tivessem o ensino primário e esse número cairia para 59% menos se todas tivessem o ensino secundário. Isso resultaria em cerca de 2 milhões de nascimentos precoces a menos.

Dados:
Aprendizagem diminui o casamento precoce.
Casamento de crianças de até 15 anos de idade, na África Subsaariana , no Sul e no Oeste da Ásia: 2.867.000 meninas casadas
Com educação primária: menos 14% de casamentos com meninas (2.459.000 meninas casadas).
Com educação secundária: menos 64% de casamentos com meninas (1.044.000 meninas casadas).
Gestação precoce das meninas de até 17 anos na África Subsaariana, no Sul e no Oeste da Ásia: total de 3.397.000 meninas.
Com educação primária: menos 10% de meninas grávidas (3.071.000 meninas).
Com educação secundária: menos 59% de meninas grávidas (1.393.000 meninas).

http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/single-view/news/womens_education_helps_avert_child_marriage/#.U9JtTvldVx1


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