Em “A Psicologia das Massas”, Gustave Le Bon diz que em situações de multidão acontece uma espécie de esfacelamento das nossas vontades individuais e sofremos então uma regressão aos nossos instintos mais primitivos.
Perdemos o valor cerebral de nossas ações e entramos num estado medular, tudo acontece em forma de sugestão coletiva, por contágio.
É importante lembrar que a conformidade social é algo assimilado, e esse mecanismo é imposto pelo externo, sendo a subjetividade um agente passivo para comandos socialmente implantados.
Diante de um produto que questiona a neutralidade, podemos inclusive pensar nessa mecânica em termos ideológicos: o apolítico é também um tipo de conformidade social, uma vez que ao se esquivar de uma posição, o sujeito está sendo condizente com uma ordem vigente.
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