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quarta-feira, 9 de outubro de 2024

O que o Mito de Sísifo nos ensina sobre o absurdo da existência?

 


No coração da filosofia existencialista encontra-se uma imagem poderosa e desanimadora:

a do Rei Sísifo, condenado a empurrar uma imensa rocha acima, só para vê-la rolar de novo para baixo, repetindo esta tarefa inútil por toda a eternidade.

Este mito, extraído da mitologia grega e revitalizado pelo filósofo francês Albert Camus no seu ensaio "O Mito de Sísifo", tornou-se um símbolo duradouro da luta humana contra a futilidade e o absurdo da existência.

Na mitologia grega, Sísifo era um rei astuto e desafiador que enganou os deuses em diversas ocasiões. Sua astúcia e arrogância finalmente lhe valeram um castigo eterno imposto por Zeus:

tinha que empurrar uma rocha gigante para o topo de uma colina, só para que a rocha rodasse de novo para baixo, forçando-o a recomeçar, num ciclo interminável de esforço e fracasso.

Albert Camus retoma este mito no seu ensaio para explorar a condição humana num mundo sem sentido inerente. Para Camus, a luta de Sísifo representa a vida humana:

uma série interminável de tarefas repetitivas e aparentemente sem propósito, num universo indiferente. No entanto, em vez de sucumbir ao niilismo, Camus encontra nesta imagem uma oportunidade de rebelião e afirmação da vida.

Segundo Camus, a própria vida é absurda, marcada por uma desconexão fundamental entre nossas expectativas de significado e a indiferença do cosmos. Mas em vez de ficar desesperado perante este absurdo, Camus sugere que devemos abraçá-lo e encontrar nossa própria maneira de dar sentido às nossas vidas. Aqui reside a verdadeira força de Sísifo:

embora sua tarefa seja inútil, Sísifo continua empurrando a rocha. Neste ato de resistência, Camus vê um modelo para a existência humana.

"É preciso imaginar Sísifo feliz", conclui Camus. Esta afirmação, embora paradoxal, encapsula a essência do pensamento do filósofo.

A felicidade de Sísifo não vem da esperança de sucesso em sua tarefa, mas da plena aceitação do seu destino e da dedicação ao seu esforço apesar da futilidade. É nessa rebelião consciente contra o absurdo que Sísifo encontra sua liberdade e seu significado.

O mito de Sísifo nos desafia a refletir sobre nossas próprias vidas. Como encaramos a repetição e a aparente falta de propósito em nossos estoques? Camus nos convida a não procurar respostas definitivas, mas a encontrar valor e alegria no ato de viver, no esforço contínuo e na aceitação da nossa condição humana.

Assim, o mito se torna uma alegoria moderna para a luta diária de cada indivíduo. Lembra-nos que, embora a vida possa parecer uma série interminável de subidas e descidas, nossa atitude em relação a essa luta pode transformar nossa percepção da realidade. Assim como Sísifo, podemos encontrar no próprio esforço uma fonte de significado e satisfação.

Em última análise, a história de Sísifo e a interpretação de Camus nos oferecem uma perspectiva profundamente humana sobre a existência:

aceitar o absurdo, resistir ao desespero e encontrar na nossa própria luta a essência do que significa viver.

 

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

A história de Argos que esperou 20 anos pelo retorno de Ulisses para poder morrer


“Ulisses e Argos” - Pintura: Brinton Rivieri - 1890 


A história de Argos, o cão que esperou 20 anos pelo retorno de seu dono para poder morrer, é uma das mais tocantes demonstrações de lealdade que o mito grego preserva. 

Ulisses, o herói que sobreviveu às mais cruéis batalhas e aos desafios épicos da Odisseia, retornava finalmente à sua amada Ítaca. Não era mais o guerreiro robusto e vibrante que partiu para a Guerra de Troia; o tempo e a guerra haviam marcado profundamente seu corpo e sua alma. Sua esposa não o reconheceu. Entre a multidão de rostos que passavam, ninguém sabia quem era aquele homem envelhecido e disfarçado como mendigo. Apenas um ser, silencioso e fiel, viu além do tempo e das aparências.

Argos, o cão que o esperou por duas décadas, mesmo cego, enfraquecido e à beira da morte, soube que Ulisses estava de volta. A ligação entre os dois transcendia o tempo, a guerra, e até mesmo o disfarce do herói. Quando Ulisses cruzou os portões de sua terra natal, Argos, exausto pelos anos de espera, arrastou-se até seu mestre, com o último fio de energia que lhe restava. O olhar de Argos foi o reconhecimento silencioso que Ulisses nunca precisou pedir. Sem poder revelar sua verdadeira identidade para proteger sua missão, Ulisses não pôde chamá-lo, mas suas lágrimas denunciaram a dor e o amor contidos naquele reencontro.

A cauda de Argos balançou uma última vez, um movimento lento, carregado de anos de espera e dedicação. E ali, nos pés do herói que tanto aguardara, Argos deu seu último suspiro. A sua morte simboliza algo maior que a lealdade canina: é a prova de que o amor verdadeiro, mesmo silencioso e paciente, jamais se apaga.

Como o mais fiel de todos os companheiros, Argos morreu apenas quando sua missão estava cumprida. O seu dono estava de volta, e só então, o cão pôde descansar.

A história de Argos não é apenas um conto de lealdade. É um lembrete profundo de que, por mais distantes que estejamos dos que amamos, o verdadeiro amor sempre reconhece o retorno. Mesmo depois de 20 anos, a alma de Argos nunca esqueceu.


sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Publicação da versão digital do Manual de Filosofia para o 10º Ano em Cabo Verde

 

A ausência de manuais nacionais em diversas disciplinas tem sido um desafio persistente no sistema educativo cabo-verdiano, impactando  alunos e professores. A falta de recursos didáticos que reflitam as necessidades pedagógicas e culturais do país força os professores a recorrerem a materiais estrangeiros, frequentemente desajustados às necessidades e a realidade dos alunos, comprometendo a eficácia do ensino e a compreensão dos conteúdos.

Desta forma, a iniciativa de elaboração e publicação do Manual de Filosofia para o 10º ano de escolaridade é uma conquista importante para o país. Este recurso pedagógico, mais do que uma simples instrumento pedagógico, simboliza um avanço importante na consolidação do ensino e da aprendizagem da filosofia

Este manual oferece aos alunos conteúdos importantes e em conformidade com o programa elaborado pelo Ministério da Educação de Cabo Verde, facilitando a compreensão e a aplicação dos conceitos filosóficos. Além disso, fornece aos professores um recurso didático de apoio que facilita a construção do conhecimento filosófico.

Seguramente, a utilização deste manual preenche uma lacuna importante, como também sublinha a necessidade urgente de produzir outros materiais semelhantes em outras áreas do conhecimento.

O presente Manual oferece, portanto, uma estrutura organizada que auxilia na formação de um pensamento crítico, capacitando os alunos a questionar, a analisar e a compreender o mundo. Ao promover o debate e a reflexão, este contribui para a formação de cidadãos conscientes, preparados para participar ativamente na sociedade e enfrentar os desafios complexos do mundo moderno.

A publicação de uma versão digital do manual representa uma solução para que este seja acessível a todos tendo em conta o elevado custo das impressões e a difícil logística de enviar os exemplares para Cabo Verde. Além disso, a versão digital pode ser atualizada de forma rápida e eficiente, garantindo que os conteúdos sejam aprimorados em conformidade com as necessidades pedagógicas dos alunos.

Neste contexto, é fundamental que o Ministério da Educação de Cabo Verde reconheça a importância de investir na produção de mais manuais nacionais, não apenas para filosofia, mas para todas as disciplinas. Estes recursos são essenciais para assegurar que os alunos recebam uma educação de qualidade, adaptada às suas realidades e necessidades.

Aos pais, é crucial que incentivem os seus filhos a utilizarem este manual, reconhecendo o seu valor na formação académica e pessoal. Aos professores, cabe explorar o manual em toda a sua extensão, contribuindo para uma educação mais rica e significativa.

Que este seja apenas o primeiro de muitos recursos que venham a enriquecer o ensino e a aprendizagem no país.

O manual pode ser adquirido no site da Editora Autografia, na Amazon.com.br, ou diretamento com o autor. 

 

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Manual de Filosofia para o 10º ano de escolaridade em Cabo Verde

 

O Manual de Filosofia para o 10º ano de escolaridade, escrito por Arlindo Rocha e publicado pela Autografia Editora em 2024, é uma obra significativa para a educação em Cabo Verde. Este manual foi desenvolvido com o objetivo de fornecer uma base sólida em filosofia, abordando temas essenciais que promovem o pensamento crítico e a reflexão entre os estudantes.

Conteúdo e estrutura do manual

O manual é estruturado de forma a facilitar a compreensão dos conceitos filosóficos, sendo dividido em várias seções que cobrem desde a introdução à filosofia até questões contemporâneas. Cada capítulo apresenta uma combinação de teoria e prática, incluindo exercícios e questões de reflexão que incentivam os alunos a aplicar o que aprenderam. A obra também inclui referências a filósofos clássicos e contemporâneos, permitindo que os estudantes se familiarizem com diferentes correntes de pensamento.

Importância educacional

A criação deste manual é um marco importante na educação cabo-verdiana, especialmente porque a filosofia não era amplamente abordada no currículo escolar anterior. Arlindo Rocha, que é professor e pesquisador, destaca a importância da filosofia na formação do cidadão crítico e consciente. Ele argumenta que o ensino da filosofia é fundamental para o desenvolvimento do pensamento analítico e da capacidade de argumentação dos jovens, habilidades essenciais em uma sociedade democrática.

Desafios e reconhecimento

Apesar de sua relevância, Rocha expressou preocupação com a falta de apoio do Ministério da Educação em relação à implementação do manual nas escolas. Ele acredita que a adoção deste material poderia enriquecer o currículo e oferecer aos alunos uma nova perspectiva sobre questões éticas, políticas e sociais. O manual é, portanto, um recurso didático e um convite à reflexão sobre o papel da filosofia na educação e na sociedade cabo-verdiana.

Em resumo, o Manual de Filosofia para o 10º ano de escolaridade é uma contribuição valiosa para o ensino em Cabo Verde, promovendo uma educação que valoriza o pensamento crítico e a reflexão filosófica.

O Manual pode ser adquirido no site da Editora Autografia AQUI ou diretamente com o autor.


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sexta-feira, 14 de junho de 2024

Manual de Filosofia para o 10º Ano de Escolaridade em Cabo Verde


A escrita deste Manual de Filosofia para o 10º ano de escolaridade em Cabo Verde foi impulsionada por uma profunda convicção sobre a importância do pensa - mento filosófico na formação de alunos críticos e reflexivos. 

O Manual foi didaticamente estruturado de forma a apresentar aos alunos a história do pensamento filosófico a partir do seu surgimento e evolução. 

O objetivo é despertar o interesse e a curiosidade dos alunos, incentivando-os a buscar respostas por meio da reflexão e do debate crítico. Com isso, pretende-se não apenas enriquecer a vida intelectual dos mesmos, mas também prepará-los para novos desafios, ajudando-os a tomar decisões, entender diferentes perspectivas e contribuir positivamente para a sociedade cabo-verdiana. 

Certamente, este Manual será uma ferramenta valiosa para promover uma geração de alunos que não apenas absorvem conhecimento, mas também o questionam e o contextualizam. 

Espera-se que este recurso possa suprir as necessidades didáticas e servir de material de estudo e pesquisa de forma a ajudar alunos e professores na nobre missão que é a de aprender e ensinar continuamente! 


Bons estudos! 
Dr. Arlindo Nascimento Rocha

segunda-feira, 15 de abril de 2024

União filosófica: transformando sonhos em realidade

 


"Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha em conjunto é realidade”

(Prelúdio - Raul Seixas).

A frase de Raul Seixas ressalta a importância da colaboração na realização dos sonhos. Quando sonhamos sozinhos, nossas aspirações podem parecer distantes e efêmeras. No entanto, ao compartilharmos nossos sonhos e trabalharmos juntos para alcançá-los, estes são facilmente transformados em realidade. Portanto, a frase nos lembra que a união, a solidariedade, a empatia e o trabalho em equipe são fundamentais para o sucesso individual e coletivo.

A publicação deste Manual de Filosofia é um sonho que vem me acompanhando desde 2016, e que agora se materializa graças aos amigos, colegas e professores que, juntos tornaram este sonho uma realidade tangível.

Entre os entusiastas deste projeto, destaco a valiosa contribuição do Doutor Alcides João Ramos, professor da Universidade de Cabo Verde (UniCV), polo II do Mindelo (São Vicente), carinhosamente tratado como “professor Tchida” pelos seus alunos e ex-alunos.

A despeito das suas obrigações acadêmicas, o professor Alcides dedicou seu tempo e experiência para redigir o Prefácio deste Manual. Sua contribuição foi de suma importância, não apenas validando a relevância deste, mas também fornecendo uma orientação fundamental para compreendermos o valor acadêmico do projeto.

A jornada acadêmica é árdua, solitária e, por vezes, silenciosa. Contudo, afirmo e reafirmo que é gratificante lutar para fazer a diferença. Não é por vaidade, mas com o ideal e o sentido de dever em contribuir com o sistema educativo cabo-verdiano, especialmente com a aprendizagem dos alunos e o trabalho dos professores, que há décadas aguardam por um Manual que os auxilie em suas atividades letivas.

Nesta jornada não estive sozinho, fui motivado e estimulado a continuar quando havia razões para desistir do projeto. Continuei por mim, pelos meus colegas e pelos alunos.

Por isso, resolvi compartilhar integralmente o Prefácio elaborado pelo professor Alcides, demonstrando assim a importância de reconhecer e valorizar o Manual que, em breve estará disponível tanto no Brasil, assim como em Cabo Verde.

Há 17 anos tive o prazer de conhecer a autor deste livro, ou seja, era o seu professor no curso de filosofia, na altura a instituição tinha a designação de ISE (Instituto Superior de Educação). Posteriormente foi incorporada em 21 de novembro de 2006, na estrutura de uma nova universidade que estava a emergir: a UniCV (Universidade Pública de Cabo Verde).

Foi, sem dúvida, um encontro promissor que está a dar os seus frutos porque, logo à primeira vista, se percebeu que se estava perante um estudante com muita capacidade e talento, que se revelou desde a primeira hora, ou seja, durante a sua formação e pós graduação, que se tem prolongado durante esses anos, como também no que concerne à parte investigativa, na qual resultou na elaboração de diversa obras e artigos científicos, bem como atividades de âmbito social que o mesmo tem tomado parte e, por último, ele nos patenteia com este magnífico Manual de Filosofia para o 10º ano de escolaridade, em conformidade com o programa da disciplina vigente em Cabo Verde.

Não obstante estar neste momento a residir no Brasil, num gesto de grande patriotismo e com noção do dever à Pátria que o viu nascer, produz este manual revelando, uma vez mais, o seu talento e a sua criatividade.

No primeiro contacto que tive com o mesmo, gostei, fiquei maravilhado, “como amor à primeira vista”. Uma obra muito bem estruturada, com uma linguagem simples, leve e de fácil leitura e compreensão; acessível aos jovens que estão dando os primeiros passos nos estudos filosóficos, obedecendo a todos os critérios pedagógicos, didáticos e científicos atuais.

No início de cada capítulo apresenta a descrição dos conteúdos e os objetivos a desenvolver e os resultados esperados. O desenvolvimento dos temas é feito com muita precisão didática, com muitas ilustrações e gravuras, juntando a um glossário; igualmente tem textos de apoio com perguntas para estimular o espírito crítico e reflexivo dos alunos. Os conteúdos são sempre enquadrados com a realidade cabo-verdiana e com ilustrações.

No final de cada tema, é apresentado um questionário para a aferição da compreensão, entendimento dos alunos e perceber se os objetivos propostos foram alcançados. Um aspeto relevante que deve ser salientado, a nosso ver, no qual traz mais brilho especial a este Manual de Filosofia, é o seu enquadramento com o continente africano, com ilustrações.

O autor pretende, com a publicação deste trabalho, apresentar aos alunos a história do pensamento filosófico a partir do seu surgimento e evolução, estimulando os mesmos a buscar respostas por meio da reflexão e do debate crítico e, por conseguinte, tem como objetivo despertar o interesse e a curiosidade para o estudo da filosofia, bem como para questões existenciais da atualidade.

Neste sentido, este manual tem todas as condições para enriquecer a personalidade e a vida intelectual dos alunos, ajudando-os a ser autónomos e livres na tomada de decisões, emponderando-os a enfrentar os desafios que o mundo global nos apresenta, contribuindo positivamente para um mundo melhor, no geral, e, em particular, a sociedade cabo-verdiana.

Consideramos que o autor, ao produzir este Manual, prestou um elevado serviço público à sociedade cabo-verdiana, país carente de manuais didáticos nacionais que possam servir de instrumento de trabalho, estudo e pesquisa na aquisição de novos conhecimentos, ajudando os alunos, por um lado, e professores, por outro, na honrosa missão de ensinar sempre com mais qualidade, mestria e idoneidade.

Parabéns ao autor pela brilhante iniciativa, e aos jovens que aproveitem para desenvolverem a capacidade de aperfeiçoar as suas competências básicas, como a análise crítica, a argumentação sólida e a capacidade para tomadas de decisões, sempre de forma reflexiva.

Termino com uma frase do autor, Arlindo Rocha, extraído nas “Palavras finais” do Manual: “estudar filosofia é uma tarefa para a vida e, como tal, deve ser estudado e aprimorado continuamente.

Doutor Alcides João Ramos Docente da Universidade de Cabo Verde (UNICV) – Mindelo - São Vicente - 30/10/2023.

 

Mais uma vez, expresso minha profunda gratidão ao professor Alcides, cujo apoio foi fundamental para a concretização deste sonho, pois, sua generosidade e compromisso refletem sua excelência como professor e amante da filosofia.

Que este Manual possa inspirar e enriquecer a vida intelectual dos alunos, mas também inspirar futuras gerações a explorar os caminhos da reflexão filosófica.

Obrigado, Professor Alcides, por sua incrível generosidade e apoio inestimável. 

Doutor Arlindo Nascimento Rocha Niterói, Rio de Janeiro - 05/04/2024.

Artigo Publicado no Mindel Insite (10/04/2024) CLIQUE AQUI


quarta-feira, 17 de agosto de 2022

AMANHÃ É TARDE [SENECA]


Ama como se fosses morrer hoje.


"Demonstre o seu amor hoje, como se você estivesse numa despedida.

Fale com as pessoas de tal modo que elas guardem de você as palavras mais ternas. Não perca a oportunidade de mostrar seu afeto a cada pessoa que cruzar o seu caminho hoje.

Não adie o amor, não adie o sorriso, o olhar de candura, a boa palavra, o abraço caloroso e o beijo de ternura, porque ninguém sabe se amanhã reencontraremos essas pessoas.

Um dia sem amor é um dia perdido! E um dia que não volta mais!

Somos espíritos imortais, mas a experiência na Terra tem prazo de validade. E ninguém sabe quando esse prazo expira."

quinta-feira, 12 de maio de 2022

Formação Continuada de Professores


Os pontos que cada professor deve buscar refletir em sua formação são:

1. Comprometimento: estar atento às mudanças políticas e sociais, bem como às mudanças que acontecem dentro do seu ambiente de trabalho;

2. Competência: ser um profissional que se interesse pelo novo e que busque sempre outras metodologias visando à melhoria na aprendizagem;

3. Crítica: ter valores bem resolvidos, fazendo com que seus alunos obtenham direção para transformar-se em pessoas melhores e, consequentemente, formar uma sociedade pensante;

4. Abertura a mudanças: em se tratando de inserir novas tecnologias dentro de sala de aula, é necessário que o docente esteja apto a aceitar tais novidades.

5. Exigência: que busque de seus alunos sempre mais, instigando e incentivando a aquisição contínua de conhecimento.

6. Interatividade: que consiga trocar informações e experiências com todo o corpo docente, os alunos e até mesmo os pais, resultando em uma educação em que todos têm voz ativa para expor suas ideias.

 


In: Formação Continuada de Professores e Especialistas em Educação: UNESCO.

segunda-feira, 25 de abril de 2022

"Dia do Professor cabo-verdiano" e "Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais"



23 de abril - Dia do Professor cabo-verdiano - instituído pelo Decreto n.º 25 de 21/04/1990. Essa data marca o nascimento do escritor Baltazar Lopes da Silva (1907), patrono dos professores cabo-verdianos e autor da clássica obra "Chiquinho"...

Nesse mesmo dia, comemora-se o "Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais" reconhecendo e exaltando a importância do livro e do escritor para o desenvolvimento intelectual da humanidade.

Como professor, pesquisador e escritor, deixo aqui minha humilde contribuição para o acervo do conhecimento, pois, como disse Cortella, "só é um bom 'ensinante' quem for um bom 'aprendente'".

Sou um eterno 'APRENDENTE'...


sexta-feira, 1 de outubro de 2021

É PRECISO IR EMBORA


Ir embora é importante para que você entenda que você não é tão importante assim, que a vida segue, com ou sem você por perto. Pessoas nascem, morrem, casam, separam e resolvem os problemas que antes você acreditava só você resolver. É chocante e libertador – ninguém precisa de você pra seguir vivendo.

Nem sua mãe, nem seu pai, nem seu ex-patrão, nem sua empregada, nem ninguém. Parece besteira, mas a maioria de nós tem uma noção bem distorcida da importância do próprio umbigo – novidade para quem sofre deste mal: ninguém é insubstituível ou imprescindível. Lide com isso. É preciso ir embora.

Ir embora é importante para que você veja que você é muito importante sim! Seja por 2 minutos, seja por 2 anos, quem sente sua falta não sente menos ou mais porque você foi embora – apenas sente por mais tempo! O sentimento não muda. Algumas pessoas nunca vão esquecer do seu aniversário , você estando aqui ou na Austrália.

Esse papo de “que saudades de você, vamos nos ver uma hora” é politicagem. Quem sente sua falta vai sempre sentir e agir. E não se preocupe, pois o filtro é natural. Vai ter sempre aquele seleto e especial grupo que vai terminar a frase “Que saudade de você…” com “por isso tô te mandando esse áudio”; ou “porque tá tocando a nossa música” ou “então comprei uma passagem” ou ainda “desce agora que tô passando aí”.

Então vá embora. Vá embora do trabalho que te atormenta. Daquela relação que você sabe não vai dar certo. Vá embora “da galera” que está presente quando convém. Vá embora da casa dos teus pais. Do teu país. Da sala. Vá embora. Por minutos, por anos ou pra vida. Se ausente, nem que seja pra encontrar com você mesmo. Quanto voltar – e se voltar – vai ver as coisas de outra perspectiva, lá de cima do avião.

As desculpas e pré-ocupações sempre vão existir. Basta você decidir encarar as mesmas como elas realmente são – do tamanho de formigas.

Antônia no Divã