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terça-feira, 1 de abril de 2014

TENDENCIAS PEDAGÓGICAS



TENDÊNCIA CRÍTICO SOCIAL DOS CONTEÚDOS

Surgimento
Da pedagogia crítico social dos conteúdos Surgiu no final dos anos 70 e inicio dos anos 80;
Como surgiu?
Surgiu como a reação de alguns educadores que não aceitaram a pouca relevância que a pedagogia libertadora dá ao aprendizado do chamado “saber elaborado”. A tarefa principal é a difusão de conteúdos (...) mas não qualquer conteúdo, e sim, de conteúdos contextualizados:
Objetivos:
Trabalhar conteúdos escolares que tenham relevância na vida dos alunos;
Buscar o papel transformador da escola na sociedade;
Promover a difusão de conteúdos indissociáveis das realidades sociais;
Propiciar ao alunado a emancipação e participação ativa no processo ensino-aprendizagem.
“Um conteúdo não pode se dissociar da realidade social, porque a escola é parte integrante da sociedade, portanto, “agir dentro dela é também agir no rumo da transformação”  (LIBÂNEO, 1992:39).
Parte da análise reflexiva e crítica do contexto sociocultural;
Faz a articulação entre educador-educando, e utiliza os meios para apreensão crítica dos conteúdos, permitindo a apropriação da cultura popular; Considera-se os conteúdos de ensino como ponto central para se propor uma pedagogia coerente com a realidade do aluno; Traz uma crítica ao sistema de produção vigente na sociedade, porém, encontra resistência da classe dominante.
Cinco passos metodológicos
1) PRÁTICA SOCIAL INICIAL
Ponto de partida de todo o trabalho docente.
Evidencia que a prática social é comum a professores e alunos.
Consiste no primeiro contato que o aluno mantém com o conteúdo trabalhado pelo professor.
2) PROBLEMATIZAÇÃO
Constitui o elo entre a prática e a instrumentalização.
 “Trata-se de detectar que questões que precisam ser resolvidas no âmbito da prática social e, que conhecimento é necessário dominar” (Saviani, 1999, p.80).
3) CATARSE
Parte da síncrese inicial à síntese;
Formas de pensar e agir produzidas histórica e socialmente, incorporadas pelo indivíduo que as utiliza de forma natural, mas na verdade resultam de um longo processo educativo.
4) INSTRUMENTALIZAÇÃO
Consiste na apreensão, “dos instrumentos teóricos e práticos necessários ao equacionamento dos problemas detectados na prática social; Trata-se da apropriação pelas camadas populares de ferramentas culturais necessárias à luta que travam diuturnamente para se libertar das condições de exploração em que vivem.
5) PRÁTICA SOCIAL FINAL
A prática social inicial e final é a mesma, embora não o seja. É a mesma enquanto se constitui “o suporte e o contexto, o pressuposto e o alvo, o fundamento e a finalidade da prática pedagógica”; Não é a mesma, se considerarmos que o modo de nos situarmos em seu interior se alterou qualitativamente pela mediação da ação pedagógica...”. Saviani (1999, p.82),
Modelo que deriva de uma concepção que articula educação e sociedade
Parte da constatação de que a sociedade em que vivemos é dividida em classes com interesses opostos.
Cada tendência pedagógica percebe a escola, o aluno, professor, os conteúdos, a postura pedagógica o método, a sociedade, a avaliação de maneira diferenciada;
Síntese das concepções segundo o enfoque da TCSC:
Papel da escola; o aluno; o professor; os conteúdos; a sociedade; a postura da pedagogia; o método; pressupostos;
Papel de escola:
Garantir a apropriação critica do conhecimento, tornando-o uma arma de luta.
Preparar o aluno para a vida adulta e suas contradições, através da aquisição de conteúdos e da socialização; Ela é parte integrante do todo social, e exerce "uma atividade mediadora no seio da prática social”
Aluno:
Pessoa concreta que determina e é determinada pelo social, político e individual (sua própria história). O aluno participa na construção da sua aprendizagem com suas experiências adquiridas no contexto social;
Professor:
É um intelectual, o educador que direciona e conduz o processo ensino-aprendizagem.O mediador entre a realidade social e os conteúdos 
A sociedade
Deve apropriar-se do saber, através do método dialético, responsável pelo confronto entre as experiências pessoais e o conteúdo transmitido, e pela reflexão e práxis pode ser transformada.
Os conteúdos:
São culturais e universais que se constituíram em conhecimentos autônomos. Não basta que eles sejam apenas ensinados, é preciso que se liguem de forma indissociável.
A Postura da Pedagogia:
Assume-se o saber como tendo um conteúdo objetivo, mas ao mesmo tempo "introduz" a possibilidade de uma reavaliação crítica frente a este conteúdo.
O método:
Devem favorecer a correspondência dos conteúdos com os interesses dos alunos.
Os pressupostos:
O aluno se reconhece nos conteúdos e modelos sociais apresentados pelo professor e o conhecimento novo se apoia numa estrutura cognitiva já existente.
Avaliação:
Preocupação com a superação do senso-comum para obtenção da consciência crítica; Acentua a primazia dos conteúdos no seu confronto com as realidades sociais; Admite que o princípio da aprendizagem significativa, parte do que o aluno já sabe. Não basta abordar somente os conteúdos atuais, é necessário ter o domínio de conhecimentos, competências e habilidades amplas para que os alunos possam interpretar experiências e defender seus interesses, tendo em conta que:
 A sociedade – é um placo de conflitos e contradições gerados pelas relações estabelecidas entre grupos e classes sociais com interesses diferentes.
 O Homem – é um ser situado num mundo material, concreto e social, onde cabe transformar , através do conhecimento.
O Conhecimento – é inseparável da pratica social, resulta de trocas entre o sujeito e o meio natural, social e cultural. Não é o acúmulo de informação, é sim uma reelaboração mental que se traduz na ação social.
Educação - acontece na sociedade, mas tem como lugar privilegiado, a escola. Através dela  eleva-se a consciência e prepara o aluno para a vida adulta, fornecendo conhecimentos, através de conteúdos, para uma participação ativa na sociedade.
 Escola – é um instrumento de lutas das camadas populares, propiciando de forma sistemática, o acesso ao saber historicamente acumulando e reavaliado frente às realidades sociais.
Conteúdos de ensino – são culturais, universais, incorporados pela humanidade, porém reavaliados face às realidades sociais. O objetivo principal é conscientizar e emancipar o aluno através da participação ativa; O pensamento dedutivo é utilizado, para observar os diferentes aspectos da questão estudada; Utiliza-se o pensamento divergente para questionar e detectar a origem dos problemas; Utiliza-se o conhecimento da realidade do aluno para solucionar problemas; Promove um processo de aprendizagem não-alienante, e permite ao aluno a argumentação e a estruturação do pensamento relacionando o real com o ideal.




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