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terça-feira, 1 de abril de 2014

CRIANDO ESPETADORES EMANCIPADOS


Arlindo Nascimento Rocha

 “Há dentro deste processo que é a representação teatral, dentro desse acontecimento de múltiplos personagens, um personagem chave mesmo que não apareça em cena e pareça nada produzir: O espectador. Ele é o destinatário do discurso verbal e cênico, o receptor dentro do processo de comunicação, o rei da festa; mas ele é também o sujeito de um fazer, o artesão de uma prática que se articula perpetuamente com as práticas cênicas.” (UBERSFELD,1981, pg. 303) 

RESUMO
Historicamente o espectador sempre foi visto como uma figura passiva dentro da teoria teatral. Atualmente, continua sendo visto como um receptor passivo, fascinado pela aparência e conquistado pela empatia que o faz identificar-se com as personagens de um espetáculo. Porém, outras teorias demonstram que a capacidade perceptiva não é puramente recepção passiva, mas também atividade.


Assim apoiando nas ideias de Antonin Artaud (1896 /1948), Friedrich Brecht (1898 /1956) defensores das iniciativas modernas da reforma do teatro e de Jacques Rancière (1940), que através das suas obras, “O Espectador Emancipado”, e o “Mestre Ignorante”, pretendemos refletir sobre ideias ultrapassadas sobre o teatro, o espectador e a educação.


Meu objetivo último, não é coletar ou forjar receitas e soluções, mas sim dar continuidade ao debate contemporâneo sobre a importância de emancipação do espectador, como processo de libertação do fascínio que aniquila e aliena sua capacidade crítica e reflexiva diante dum espetáculo.
Palavra chave: Teatro, espectador, espetáculo, emancipação, crítica reflexiva



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