Segundo Elisa Larkin Nascimento em Introdução
à história da África, a África é considerada o berço da humanidade e da
civilização porque podemos verificar que passando por ancestrais pertencentes a
várias espécies do gênero Australopithecus e
às espécies primitivas do gênero Homo (desde o Homo habilis até o neandertal e seus
pares) - que o caminho evolutivo conduz o Homo sapiens ao homem
moderno. Afirma a autora, e hoje é consenso entre cientistas que esse processo
evolutivo teve seu começo na África.
O Homo erectus, hominídeo autor de importantes avanços na manufatura de
implementos como o machado, teria saído da África há quase dois milhões de
anos, em ondas migratórias rumo à Ásia e à Europa, iniciando o povoamento
do mundo. E, segundo a autora, o consenso científico sustenta ainda que o homem
moderno (Homo sapiens sapiens) também
evoluiu na África e de lá saiu, há mais ou menos 150 mil anos, em uma segunda
fase de ondas migratórias através da Eurásia. Isso é comprovado pelas ossadas
fósseis, pelos indícios da manufatura de implementos e da arte primitiva
encontrada no continente africano.
E como se não bastassem as evidências
acima, as pesquisas na área genética indicam com nitidez uma origem comum do
homem moderno na África.
Assim a transformação de formas
arcaicas do Homo Sapiens em formas modernas teria ocorrido primeiramente na
África, o que nos levaria a concluir que todos os humanos de hoje são
descendentes de africanos. Estes se espalharam pela Eurásia dando início a um
processo de intercâmbios genéticos, que se processa até hoje. Esses intercâmbios
teriam provocado novas características às populações locais.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
NASCIMENTO, Elisa Larkin em Introdução
à história da África. In: Educação africanidades Brasil. MEC – SECAD – UnB
– CEAD – Faculdade de Educação. Brasília. 2006. p. 33-51.
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